sexta-feira, 12 de junho de 2009

Não acaba quando termina....

Parece clichê...Bem, é clichê!!!
Mas também é verdade!
Terminar um namoro, casamento ou amizade, não quer dizer que tuuuuuudo acabou, não quer dizer que o mundo despencou, que a as coisas serão piores ou que você fracassou.
Quer dizer, as vezes, que você esta amadurecendo, que se não sabe exatamente o que quer, está descobrindo o que não quer, o que, acredite, é um grande passo.
Ficar triste nesses momentos é essencialmente humano, mas buscar equacionar aqueles sentimentos contraditórios que te invadem e ainda assim procurar pelo bem alheio é importante e saudável.
Seguir em frente, se preparar para amar e confiar de novo, cada um dentro do seu tempo, abrir os olhos para coisas novas e diferentes, enfim sair de dentro de si e ver que há muito mais que uma relação a dois, que as relações de cada ser humano são uma teia infinita que nos une a todos e que este momento só seu é importante para você como ser único que é, mas é insignificante diante de tantos outros momentos, chances e acontecimentos que se passam agora ou que estão por vir.
Nesses tempos em que o Dia dos Namorados, virou sinônimo de: -O que você vai dar para seu(sua) namorado(a)?, se você terminou uma relação de amor recentemente, ou se simplesmente está sem namorado, comece imediatamente uma outra relação de amor:
Comece a amar tudo que tem, eu disse tudo, inclusive suas contas, sua tristeza, seus ex, seu vizinho chato que te acorda ao 6:00hs da manhã de domingo ouvindo Beto Barbosa, e as coisas boas também, seus migos, seu cachorro, seus pais, seus fihos, aquele vestido que você deu duro para comprar mas que ficou um escândalo...Por que?
Porque se você terminou uma relação amorosa ou simplesmente sente falta de uma, você vai lembrar que existem mais um monte destas para você cuidar, vai sorrir e vai ver que não acaba o amor, nem a possibilidade de amar, que existe dentro de você, nem quando uma parte deste amor se vai...
Feliz Dia Namorados ou melhor: Um Dia dos Namorados Feliz!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Segredos...

'Nada nos deixa tão Solitários quanto nossos segredos... '

Bem, a frase não é minha é de Paul Tournier que por sua vez foi citado por William P. Young no livro' A CABANA'.
Excelente livro, embora seja fácil para alguns não gostar dele...
É fácil para mim mergulhar em livros, quando leio as historias, inventadas ou reais de vários autores procuro respostas para minha própria história e procuro as vezes fugir um pouco desta...
Mas, se há algo de bom que a idade traz, é o conhecimento de que quanto mais corremos da realidade, mas ela nos alcança dura e crua... E às vezes doce e maravilhosa... Somos meio cachorros perseguindo o próprio rabo nestes momentos.
Mas mesmo a experiência e o tempo não nos torna perfeitos, pelo menos não nesta vida!!!
Então de vez quando me pego correndo atrás do próprio rabo, no caso uma corrida bem antiga, tão antiga que já parecia terminada há tempos...
Mas há algo de escorregadio nos segredos que guardamos, se falamos dele uma única vez então, de alguma forma ele não é mais um segredo, porque foi dividido e quanto mais dividido menos segredo.
As vezes passamos tanto tempo escodendo-o, que é como se ele não existisse, morresse estéril sem deixar descendentes, daí acharmos que nos livramos dele.
Mas segredos não são estéreis, eles se ramificam, plantam sementes e estão lá prontos para emergir e crescerem mesmo que durante muito tempo tenham ficado no solo pouco fértil do esquecimento.
Bem, eu tenho meu segredo, minha semente escura esquecida e guardada tão profundamente que é como se não existisse, as vezes chego a duvidar que exista...Ela ficou lá 14 anos, esquecida, adormecida, uma semana que me deu um rumo totalmente diferente daquele que seguia...

"Duas estradas se bifurcaram no meio da minha vida, ouvi um sábio dizer. Peguei a estrada menos usada.
E isso fez toda diferença cada noite e cada dia"
Larry Norman (pedindo desculpas a Robert Frost)

E mesmo agora que penso neste segredo ele não se materializa nem em palavras escritas nem nas pronunciadas, ele quer permanecer segredo, embora agora não consiga ignora-lo.
Ele queima minha garganta e chega bem perto da boca mas retrocede e se esconde de novo, ou melhor eu o escondo, em lembranças novas que vem vestidas em cores bem mais alegres que as antigas.
Eu acredito que vou esquecer novamente, embora a outra coisa, esta as vezes não tão boa, que a idade traga, é que amolecemos...Bem, eu estou amolecendo, não consigo mais manter minha pose de durona o tempo todo e não consigo mas botar meus sentimentos de lado com tanta facilidade.
O pior, acredito eu, é perceber que por mais ignorado que ele tenha sido, ou mesmo por isso, ele esteve presente cimentando várias de minhas ações ao longo da vida, acho que terei de enfrentá-lo, olhá-lo de frente e perceber que não é uma quimera mitológica, e sim apenas um ratinho assustado que pode até passar despercebido.
Mas primeiro sou eu que tenho que enfrentá-lo, sentar em uma mesa tomarmos um café e acertamos nossas velhas contas, até lá continuo dando voltas e perseguindo meu próprio rabo!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sobre a verdade

Mentir e dizer a verdade parecem opções, mas sempre são?
As vezes você diz para alguém que ama: "Não se preocupe vai ficar tudo bem", você segura as mãos daquele ente querido olha em seus olhos e diz: nada vai acontecer, você lhe dá conforto, beija sua testa, sorri o sorriso mas verdadeiro que pode encontrar e sai de cena...Mas não vai ficar 'tudo' bem, a doença incurável, não irá se curar sozinha; seu coração despedaçado não será mas o mesmo e ainda que se cure, ficarão cicatrizes; seus sonhs perdidos podem não ser recuperados; sua alma lançanda na penumbra das desilusões pode simplesmente não sair de lá e embora eu acredite que a dor não é eterna ela pode durar muito, muito tempo...
Mas porque dizer estas coisas se você pode simplesmente mentir e fazer que pelo menos por alguns segundos ele acredite nisto?
E quando você se olha no espelho sorri aquele sorriso amarelo, olha seus olhos vermelhos no espelho já sem lagrimas para chorar e simplesmente diz:"Vai dar tudo certo!", mesmo que nada tenha dado certo antes, você simplesmente segue em frente sorri para seus amigos, abraça seu filho(a), conta piadas sobre suas dores e ri delas e mesmo que gargalhe a dor ainda está lá, escondida como um mitológico monstro sem face, pronto para despertar... mas você acorda e continua caminhando porque foi ensinado a ser forte, a não parar... Talvez fosse melhor dizer a verdade: entes queridos não ressuscitam e indenpendentemente de suas crenças, você sempre sentirá falta deles; você pode beijar a quele cara (ou aquela garota), pensando em outra pessoa, pode abraça-lo(a) e se deixar abraçar, podem fazer amor e você sentir prazer, mas sempre restára um grande vazio depois que você encontrar olhos que não são o que você esperava ver...
Mas o que fazer?Desistir?Sermos rudes e frios e sempre dizer a verdade?
Não acredito nisso, contamos metiras de todo tipo porque é da natureza humana mentir, mentimos para nos proteger, para proteger os outros, para sermos mas felizes ou menos infelizes, mas acredito que em algum ponto, numa linha bem tênue que precisa de muito cuidado para não ser ultrapassada, aquela linha que transforma egoísmo, soberba e maldade em despreendimento, carinho e amor, mentimos para sermos melhores e para tornar a vida de algumas pessoas melhor.
Não peço para que mintamos sempre e acho que mentimos demais no dia-a-dia, mas vez por outra devemos parar e analisar nossas mentiras para colocarmos elas diante de nossas verdades e sabermos aonde estamos indo e quem queremos ser ...